Este é um daqueles livros que nos convidam a agarrá-lo devagar. Primeiro é a capa a prender-nos o olhar e depois o título: «Uma Escuridão Bonita». A leitura da contracapa segue-se como consequência lógica. Acontece então abrir o livro. E lemos: «O silêncio é uma esteira onde nos podemos deitar». Continuamos a leitura até ao fim da página. As três páginas seguintes, sem texto, com ilustrações apenas, talvez nos ponham em suspenso, expectantes para o que iremos ler a seguir: «Achas que pode caber o quê no coração das pessoas?».
É um daqueles livros que, pela linguagem poética de que é feito, pede leitura em voz alta. É um livro cheio de imagens a saltar da história, para pensar!
Sinopse: «Numa das muitas noites em que falta a luz em Luanda, dois adolescentes ensaiam o seu primeiro beijo, mas este primeiro beijo precisa de muitos ensaios, de muitos momentos de aproximação e afastamento, de certezas e de inseguranças... o ambiente ajuda e o pretexto surge: estão os dois na varanda da avó Dezanove, às escuras, à espera do cinema bu: um cinema que só acontece (na p. 80) quando um carro passa com a velocidade e os faróis certos para projectar sombras/imagens nas paredes brancas das casas da rua escura. O beijo acontece mesmo, mas apenas na p. 101. Esta é uma das mais comoventes histórias do narrador infantil do Ondjaki» [in sitio web da Livraria Almedina].
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