terça-feira, 21 de abril de 2020

"Encantamento" e "Palavra Mágica"


Um poema de José Luís Peixoto e outro de Carlos Drummond de Andrade para falar de palavras mágicas, e do que faz uma palavra ser mágica...
Uma palavra mágica pode ser uma palavra que se diz, ou que se esconde num olhar, num gesto...

Montanha, brilho, precipício, são palavras mágicas, porquê? O poema de José Luís Peixoto não diz porquê. Mas também não diz que são. Diz apenas que podem ser [O que faz uma palavra mágica é, talvez, a sua situação]. Só o que acontece depois pode dizer se a palavra é mágica ou não.
- O brilho revela a estrela que, de outra forma, não conseguiríamos ver;
- é preciso subir a montanha ou descer ao precipício para dar conta da sua magia.

«Depois dessa palavra [mágica], só depois dessa palavra, pode acontecer o amor», remata o poema de José L. Peixoto.
- Podemos procurar essa palavra mágica que antecede o amor! - sabemos que pode ser qualquer palavra que se diz [sempre diferente] ou o silêncio que, por ser silêncio é o lugar das palavras que não se dizem; as tais que estão num olhar, num gesto...
- Ou podemos fazer do amor uma palavra mágica.

O amor é, então, palavra mágica! E se é palavra mágica o que é que vem depois dela e só depois dela? E teremos, talvez, outras palavras, que podem ser mágicas também.

Claro que podemos esquecer tudo isto. E ler o poema, apenas. E trazer também a leitura de «A palavra mágica» de Carlos Drummond de Andrade e ver no que dá, o que acontece: Um pretexto, talvez, para falar do amor e da amizade ...

















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